Sem comprovar seu valor técnico e financeiro para o negócio, nova tecnologia vai ficar no hype. Novas tecnologias precisam atender às demandas das corporações e usuários, seguindo as tendências de transformação digital e cibersegurança.
Wagner Jesus, líder da Wipro no Brasil (Foto: Divulgação) Tamanho da fonte: -A+A Na recente Febraban Tech, o principal encontro de inovação para o setor financeiro, a GenAI se destacou mais uma vez, sendo tema central das discussões.
A presença da GenAI, ou Inteligência Gerada, na Febraban Tech evidenciou o avanço da tecnologia e sua influência cada vez maior nos negócios. A utilização da GenAI está revolucionando diversos setores, proporcionando soluções inovadoras e eficientes.
GenAI na Vanguarda da Transformação Digital nas Corporações
Um dos desafios cruciais que se apresentam é a forma como as corporações irão adotar a tecnologia em escala empresarial de maneira responsável e alinhada às políticas internas. A questão central é: como fazer com que a GenAI saia do campo do hype e se torne um caso de negócio concreto?
Como é sabido, o setor financeiro está na vanguarda tecnológica, liderando em inovações, transformação digital, cibersegurança e experiência do usuário, entre outras tendências que estão sendo adotadas por diversos setores e indústrias. Recentemente, a IBM divulgou os resultados do estudo ‘Global Outlook for Banking and Financial Markets 2024’, com a participação de mais de 2000 instituições financeiras em todo o mundo, incluindo os principais bancos do Brasil, destacando o crescimento da GenAI.
O estudo revelou que 86% das instituições bancárias globalmente estão desenvolvendo ou se preparando para implementar a inteligência artificial generativa. Na região da América Latina, quatro áreas se destacam: 31% dos executivos mencionaram o foco da GenAI no engajamento do cliente; 25% priorizaram operações de risco, conformidade e segurança; outros 25% citaram recursos humanos, marketing e operações de compras; e, por fim, 19% destacaram o desenvolvimento de TI.
A maioria dos bancos pesquisados (78%) está adotando a tecnologia taticamente em pelo menos um caso de uso, enquanto os demais (8%) estão adotando uma abordagem mais sistemática e ampla na integração da IA em seus negócios. Esses números evidenciam o potencial da inteligência artificial generativa no ambiente corporativo.
No entanto, há desafios significativos em termos de governança, especialmente se não houver um planejamento estruturado com regras e políticas claras. Alguns desses desafios incluem a escolha do modelo de implementação, considerando a complexidade do ambiente com opções como nuvem pública, nuvem privada, on-premise e híbrido. Controlar e gerenciar essa diversidade é essencial para uma adoção ampla da GenAI.
Outro desafio é lidar com a expansão massiva de dados que acompanha a implementação da GenAI. É crucial operacionalizar e monitorar o ambiente para garantir a continuidade das transações em meio ao alto volume de dados gerados. Ignorar esse aspecto pode comprometer o sucesso das iniciativas de inteligência artificial generativa em diversas áreas, como call center, atendimento ao cliente, jurídico, compras, capacitação de funcionários e modernização de sistemas legados.
Fonte: @Baguete
Comentários sobre este artigo