Acordo de reperfilamento da dívida das Casas Bahia preservará R$4,3 bi até 2027 e ampliará prazo médio de 22 para 72 meses.
A Justiça de São Paulo aprovou nesta quarta-feira, 19 de junho, a reestruturação da dívida da Casas Bahia, conforme informações obtidas por fontes familiarizadas com o assunto e compartilhadas com o NeoFeed. Prevê-se que a aprovação seja divulgada ao público entre hoje e amanhã, 20 de junho, de acordo com as mesmas fontes. Quando contatada pelo NeoFeed, a Casas Bahia optou por não se manifestar.
A gigante varejista Casas Bahia teve sua renegociação de débitos validada pela Justiça de São Paulo nesta quarta-feira, 19 de junho. As informações foram confirmadas por fontes próximas ao caso, que compartilharam os detalhes com o NeoFeed. Espera-se que a confirmação seja tornada pública ainda hoje ou amanhã, 20 de junho, de acordo com as mesmas fontes. Em resposta ao NeoFeed, a Casas Bahia preferiu não fornecer comentários adicionais.
Reperfilamento da dívida da Casas Bahia impulsiona reestruturação operacional
A decisão recente de reperfilamento da dívida da Casas Bahia representa um marco significativo no caminho para oferecer alívio financeiro e desbloquear crédito para a varejista seguir com a reestruturação operacional em andamento desde o ano passado. Anunciado em abril, o acordo negociado com os principais credores da empresa, Bradesco e Banco do Brasil, que detêm 54% da dívida, prevê medidas que impactarão positivamente as finanças da companhia.
O reperfilamento da dívida da Casas Bahia com os bancos resultará no alongamento do prazo médio de pagamento de 22 meses para 72 meses, além de uma redução de 1,5 ponto percentual no custo médio da dívida. Essas mudanças representam uma economia significativa de R$ 400 milhões ao longo do período acordado, com uma remuneração mais vantajosa para a empresa.
O acordo também inclui carências para pagamentos de juros e principal, proporcionando um fôlego financeiro para a Casas Bahia. Com a homologação, o próximo passo será a emissão de novas debêntures no valor de R$ 4,1 bilhões, substituindo os papéis anteriores e consolidando a dívida financeira da empresa.
Uma parte da dívida dos bancos, aproximadamente R$ 1,3 bilhão, terá a possibilidade de ser convertida em equity ao longo de um período estabelecido, permitindo uma maior flexibilidade financeira para a Casas Bahia. Essas medidas visam fortalecer a posição da empresa e permitir que ela se concentre no plano de reestruturação delineado no ano anterior.
Sob a liderança de Renato Franklin, a Casas Bahia planeja uma reestruturação abrangente, que abarca tanto o aspecto financeiro, com o reperfilamento da dívida, quanto o operacional, com a implementação de uma estrutura mais eficiente e focada em suas principais áreas de atuação. A empresa reafirma seu compromisso em oferecer produtos como linha branca, televisores, celulares, móveis e eletrônicos, mantendo sua expertise no mercado varejista.
No contexto das metas de transformação estabelecidas, a Casas Bahia conseguiu manter os estoques em níveis saudáveis e reduzir as despesas com pessoal, demonstrando um progresso significativo em sua jornada de reestruturação. O desempenho financeiro da empresa no primeiro trimestre reflete esses esforços, com uma melhora no prejuízo em relação ao mesmo período do ano anterior.
As ações da Casas Bahia encerraram o dia com um aumento de 3,64%, refletindo a confiança do mercado nas medidas adotadas pela empresa. Embora o valor de mercado tenha sofrido uma queda no ano, a varejista mantém seu compromisso com a recuperação e o crescimento sustentável, preparando-se para novos desafios e oportunidades no mercado varejista.
Fonte: @ NEO FEED
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