No livro de memórias, autor de novelas relembra infância e carreira novelesca de 41 anos na TV.
Silva, Aguinaldo, se diverte ao mencionar seu livro de recordações: ‘Parece quase um conto de fadas’, diz ele com um sorriso no rosto.
Além disso, o autor revela que a inspiração para a obra veio de suas experiências pessoais, tornando-a ainda mais especial e cativante.
Silva, Aguinaldo; Revela Detalhes de sua Vida e Carreira em ‘Meu Passado Me Perdoa – Memórias de uma Vida Novelesca’
Em ‘Meu Passado Me Perdoa – Memórias de uma vida novelesca’, aos 81 anos, o renomado autor, Aguinaldo Silva;, compartilha histórias marcantes de sua infância, juventude e sua carreira tanto como jornalista quanto como autor de telenovelas. Durante uma entrevista à CNN, o criador da icônica Nazaré, da novela ‘Senhora do Destino’, discorreu sobre como suas vivências moldaram suas narrativas e personagens ao longo dos anos.
Desde os primeiros anos, Silva, Aguinaldo;, teve uma vida peculiar, dividida entre sua família, a escola e as ruas. Ele destaca: ‘Desde muito cedo eu vivi na rua. Eu tinha uma vida com minha família, no colégio, mas eu tinha uma vida muito mais intensa e muito mais ativa na rua. Isso me deu uma experiência de vida e de conhecimento muito grande das pessoas, da alma humana. O resultado foi um lado muito popular em tudo o que eu escrevo. Minhas novelas são muito populares. Os tipos são muito reais porque a maioria deles eu conheci ou pelo menos soube criar por que me baseei em pessoas que conheci sempre’.
A infância de Aguinaldo Silva em Recife é marcada por um episódio doloroso. Aos treze anos, ele foi coroado Rainha da Primavera em um concurso anual no Colégio Americano Batista. Recordando esse momento, ele compartilha: ‘Eu era pobre, feio, esquisito. E a pior coisa de todas para meus colegas de colégio: era inapelavelmente efeminado. E foi então que um dos meninos mais velhos, ao me ver passar durante o recreio com meu andar de cisne envergonhado, teve a ideia: ‘Nada de eleger meninas desta vez. Vamos votar no frango’’.
Ao narrar esse evento pela primeira vez em suas memórias, Aguinaldo Silva reflete: ‘Nós somos feitos dos agravos passados. Esquecemos e não imaginamos o quanto aquilo nos afetou. Esse caso foi uma coisa brutal, que eu tinha apagado da minha memória durante anos. Eu quase fui linchado, quase fui morto por crianças da minha idade’. Ele destaca a importância de escrever sobre esse episódio como um ponto de virada em sua vida, revelando que foi ao confrontar essa memória que ele percebeu a influência significativa que teve em sua formação.
Aos 16 anos, ainda em Recife, Silva, Aguinaldo;, lançou seu primeiro livro, ‘Redenção para Jó’, que o impulsionou para o jornalismo. Ele começou a escrever para o jornal ‘Última Hora’, de Samuel Wainer, mesmo sem experiência prévia. Sobre seu livro de estreia, ele comenta: ‘Meu primeiro livro era quase uma reportagem, sobre uma casa que alugava cômodos para as pessoas mais carentes. E causou um certo rumor por que eu era jovem, a linguagem era ousada’. Esses primeiros passos marcaram o início de uma trajetória notável para o jovem autor, jornalista e novelista consagrado.
Fonte: © CNN Brasil
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