Ex-jogador Robinho preso em Santos pela Polícia Federal após decisão do STJ. Aguarda regime fechado enquanto Justiça italiana pede sua extradição. Realizados exames de corpo de delito e coleta de DNA.Áudios comprometedores levaram a suspensão de seu contrato.
O ex-jogador Robinho teve sua prisão decretada pela Polícia Federal na noite desta quinta-feira, em Santos. A medida foi tomada após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) validar a sentença italiana e determinar que o ex-atleta cumpra no Brasil a pena de nove anos por estupro em grupo contra uma mulher albanesa, em regime fechado.
O caso chocou o Brasil e reascendeu a discussão sobre abuso e violência sexual. O ex-jogador Robinho está sendo acusado de agressão sexual e terá que enfrentar as consequências de seus atos perante a justiça.
Ação da Polícia Federal para cumprir mandado de prisão contra ex-jogador Robson de Souza
A informação foi confirmada pela PF em nota: ‘A Polícia Federal, na noite desta quinta, cumpriu mandado de prisão, emitido pela 5ª vara Federal de Santos, em desfavor de Robson de Souza. O preso passará por exame no IML, por audiência de custódia e será encaminhado ao sistema prisional’. Mais cedo, o Superior Tribunal de Justiça solicitou à Justiça Federal de Santos a expedição do mandado de prisão ao ex-atacante.
Detalhes da prisão de Robinho e procedimentos legais a seguir
A ordem foi cumprida, e a Polícia Federal se dirigiu à casa de Robinho para prendê-lo, o que aconteceu por volta das 19h da noite (de Brasília). Agora, Robinho será levado à sede de Polícia Federal, passará por exames de corpo de delito e será submetido a uma audiência de custódia. Posteriormente, o ex-jogador será encaminhado a uma penitenciária, ainda não definida.
Pedido de habeas corpus negado pelo STF para ex-jogador condenado por estupro
Após a decisão do STJ, a defesa do ex-jogador, liderada por José Eduardo Alckmin, entrou com um pedido de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). O pedido, entretanto, foi negado pelo ministro Luiz Fux. Embora o STJ tenha homologado a sentença da Justiça italiana, ainda cabe recurso.
Condenação por estupro coletivo na Itália e pedido de extradição
Relembre o caso Robinho: Robinho foi condenado pela nona sessão da corte de Milão a nove anos de prisão em 2017 por estupro coletivo contra uma jovem albanesa, cometido em janeiro de 2013, na boate Sio Café, quando o ex-jogador atuava pelo Milan.
Além de Robinho, Ricardo Falco também foi condenado em última instância aos mesmos nove anos de prisão, mas já havia deixado a Itália na época do julgamento e não pôde ser preso no Brasil. A Justiça italiana solicitou a extradição, negada, e agora pede para que ele cumpra a pena em seu país.
Detalhes da investigação e suspensão de contrato com clube de futebol
Além dos dois, Fabio Cassis Galan, Clayton Florêncio dos Santos, Alexsandro da Silva e Rudney Gomes, mais quatro amigos de Robinho, também foram denunciados, mas como eles não estavam na Itália durante as investigações, não foram processados.
Não foi encontrado DNA de Robinho após exames realizados na vítima, mas o ex-atacante admitiu que houve relação sexual com ela, de maneira consensual. A perícia, entretanto, identificou a presença de sêmen de Ricardo Falco nas roupas da mulher albanesa.
Em 2020, Robinho chegou a ser contratado pelo Santos, mas devido à forte repercussão do caso, seu vínculo acabou sendo suspenso pelo clube. No mesmo ano, o portal teve acesso a áudios do ex-atleta e seus amigos fazendo pouco caso da vítima. A divulgação dos arquivos foram determinantes para que o Peixe rompesse com o ex-jogador de 40 anos.
Declarações polêmicas e mudanças de versão do ex-jogador condenado por estupro
Recentemente, o ex-jogador concedeu entrevista à Record TV e jurou inocência. Ele voltou atrás e alegou não ter tido relações sexuais com a mulher, contradizendo o que foi dito por ele mesmo nas escutas policiais que foram colocadas em seu carro.
Ele chegou a falar em racismo e disse que, se o caso fosse com um branco ou italiano, teria prosseguido de outra maneira.
Fonte: @ Gazeta Esportiva
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