Deputado do PSOL acusa Arthur Lira de complô para prejudicá-lo; pedido de cassação visa investigar o processo de quebra de decoro.
O parlamentar Paulo Magalhães (PSD/BA), responsável pelo relatório do processo que apura as ações do deputado Glauber Braga (PSOL/RJ) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, recomendou a continuidade das investigações. O relatório inicial foi apresentado na última quarta-feira (28). Entretanto, um pedido de vista acabou adiando a votação do documento. Braga estava na expectativa de um relatório que recomendasse o arquivamento de seu processo.
O relatório elaborado pelo deputado Paulo Magalhães (PSD/BA) sobre as condutas do deputado Glauber Braga (PSOL/RJ) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar foi objeto de discussão nesta semana. A leitura do documento preliminar ocorreu na quarta-feira (28), mas a votação foi postergada devido a um pedido de vista. Braga aguardava um parecer favorável ao arquivamento de seu processo, porém, a decisão final ainda está pendente.
Acusação de Articulação para Cassação do Mandato
Após a decisão do relator ser divulgada, o deputado do PSOL fez uma acusação séria contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), alegando que ele estaria articulando a cassação do mandato no Conselho de Ética. O parlamentar está enfrentando um processo por quebra de decoro devido a um incidente em que empurrou e expulsou um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) da Câmara. Durante o episódio, o deputado foi alvo de insultos por parte do membro do MBL.
Reação Após a Leitura do Parecer de Abertura da Investigação
Após a leitura do parecer que solicitava a abertura da investigação no Conselho de Ética, Glauber Braga fez duras críticas a Lira e ao deputado Paulo Magalhães (PSD/BA), chamando-os de ‘bandido’ e ‘mentiroso’, respectivamente. Ele afirmou que usará sua defesa para expor o suposto conluio visando a retirada de seu mandato. Braga alegou que o relatório foi elaborado a partir de uma articulação direta de Arthur Lira.
Adiamento da Análise do Parecer
O parecer referente ao caso do deputado Braga estava agendado para ser analisado no dia 27, mas foi postergado para a quarta-feira seguinte. Nesse ínterim, o Conselho de Ética aprovou o pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (Sem partido/RJ), acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. A decisão sobre a cassação ainda aguarda a votação no plenário da Casa.
Posicionamento do Presidente da Câmara
Em resposta às acusações, o presidente da Câmara condenou veementemente os comportamentos inadequados e as agressões verbais ocorridas. Ele ressaltou a importância da conduta e do decoro esperados dos membros da Casa. Lira destacou que atitudes como as presenciadas merecem repúdio imediato e não condizem com o ambiente parlamentar.
Confronto no Conselho de Ética
Após as acusações feitas a Lira, o presidente do Conselho de Ética se envolveu em uma discussão acalorada com o deputado Glauber, chegando a ameaçar cortar o microfone do parlamentar. O deputado afirmou que usará o processo no Conselho de Ética para expor o suposto complô contra ele, convidando todas as testemunhas necessárias para sua defesa.
Esclarecimento do Relator
O relator do caso, Paulo Magalhães, refutou as acusações feitas contra ele, negando ter se posicionado contra a abertura do processo. Ele também negou qualquer tipo de conluio com Arthur Lira, reforçando que a defesa de Glauber Braga o incrimina. A polêmica envolvendo os parlamentares continua a gerar intensos debates no cenário político.
Fonte: @ Agencia Brasil
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