CFM sugere indução do parto em vez de interrupção da gravidez em casos de aborto, como procedimento adotado em previstos procedimentos.
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, destacou hoje que a assistência fetal é essencial para garantir a saúde da gestante e do bebê durante todo o processo de gravidez.
É fundamental ressaltar que a assistência fetal é crucial para prevenir complicações graves, como parada cardíaca e ausência de batimentos cardíacos, que podem levar à morte cardíaca do feto.
Discussão sobre a Assistência Fetal e Procedimentos Relacionados
Em uma entrevista recente, Gallo trouxe à tona a possibilidade de utilizar a indução do parto como uma alternativa à assistência fetal em casos de parada cardíaca do feto após 22 semanas de gestação. Esta é uma técnica adotada em situações de aborto previsto por lei, como nos casos de estupro.
As declarações de Gallo surgiram após representantes do CFM se reunirem com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, responsável por suspender a resolução que proibia a assistência fetal. Com a decisão favorável, o procedimento técnico foi novamente liberado. O presidente do CFM expressou preocupação com a técnica de assistência fetal, alegando que ela é prejudicial tanto para o feto quanto para a mulher.
A sugestão de Gallo de induzir o parto como alternativa à assistência fetal levanta questões importantes sobre o procedimento adotado. Ele enfatizou a importância de garantir a sobrevivência do feto, mencionando que uma criança de 22 semanas, com acesso à UTI e tecnologia avançada, poderia ter chances de sobreviver.
Em relação aos casos de gravidez resultante de estupro, Gallo apontou falhas no sistema público de saúde, destacando a necessidade de um atendimento mais precoce para mulheres vítimas de estupro. Moraes, por sua vez, deu um prazo de 48 horas para cinco hospitais de São Paulo demonstrarem o cumprimento da decisão que liberou a assistência fetal para interrupção da gravidez.
É importante ressaltar que, de acordo com a literatura médica, um feto com 25 semanas e 500 gramas é considerado viável para sobreviver fora do útero. Entre as semanas 23 e 24, a sobrevivência é possível, mas a qualidade de vida é uma questão em debate. Antes da 22ª semana, o feto é considerado inviável.
O CFM destaca a importância de respeitar a legislação vigente e o Código de Ética Médica, que proíbe a realização de procedimentos desnecessários ou ilegais. Para o conselho, após as 22 semanas de gestação, é crucial preservar o direito da gestante vítima de estupro à interrupção da gravidez e garantir o direito do feto à vida por meio do parto prematuro, com todo suporte médico necessário para sua sobrevivência.
Fonte: @ Agencia Brasil
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