CEO da AR&Co fala no programa É Negócio sobre os desafios das marcas e a estratégia de expansão no mercado externo, apesar do complexo de vira-latas.
A indústria da moda no Brasil tem se destacado cada vez mais no cenário internacional. Com designers talentosos e marcas inovadoras, o país tem conquistado espaço no mercado global. Além disso, a diversidade cultural e a criatividade dos profissionais da área contribuem para a expansão da moda brasileira mundo afora.
Uma marca de moda que tem ganhado destaque recentemente é a Reserva. Fundada por Rony Meisler, a empresa tem se destacado por suas coleções diferenciadas e pelo compromisso com a sustentabilidade. Com lojas em diversos países, a Reserva tem conquistado cada vez mais admiradores ao redor do mundo.
Moda brasileira: desafios e oportunidades no mercado externo
Mas por que é tão difícil para grifes brasileiras expandirem para fora? ‘Eu acho que a gente é refém de duas coisas nesse sentido. Primeiro, da nossa própria continentalidade.
O Brasil é um país continental, então sempre você vai ter ainda de fazer muito no Brasil antes de desfocar olhando para o mercado externo’, diz Meisler em entrevista ao programa É Negócio, parceria do NeoFeed e CNN Brasil, que vai ao ar no domingo, 31 de março, as 20h45. O segundo desafio é se livrar do famoso complexo de vira-latas.
O desafio de empreender no Brasil e alcançar o mercado global
‘O brasileiro tem esse complexo de vira-latas de ‘poxa, será que eu vou vencer lá? Será que vai ter preconceito pelo fato de eu ser brasileiro?’’, diz Meisler.
‘Mas o que a gente observa é que, quando brasileiros saem para fazer negócios lá fora, a gente arrebenta e eu acho que a gente arrebenta por um motivo muito simples: empreender no Brasil é difícil demais.’ Meisler fala com conhecimento de causa, pois passou por todas as etapas do empreendedorismo.
O crescimento da Reserva e a expansão das marcas de moda
Ele fundou a Reserva, em 2006, vendendo bermudas na praia e criou uma potência vendida por R$ 715 milhões para o grupo Arezzo&Co, em 2020. Passou de controlador da companhia para acionista minoritário de um grupo maior.
‘Sendo sócio minoritário de negócio maior, a minha vida em termos práticos, por conta da governança que a gente combinou no começo, ela não mudou muito’, afirma Meisler.
A importância da governança e do alcance global no mercado da moda
E prossegue: ‘Óbvio que a gente tem obrigações, a empresa passou a ser pública, eu assumi responsabilidades no Conselho, em diversos comitês da companhia. Mas a gente teve liberdade, independência para operar aquele plano com um grupo que tinha uma experiência de mercado gigantesca.’ Os números apareceram.
Em 2019, um ano antes da aquisição da Reserva pela Arezzo&Co, a grife faturava R$ 340 milhões e tinha cerca de 12% de ebitda. Em 2023, a Ar&Co faturou R$ 1,5 bilhão e anotou 18% de ebitda.
Novas estratégias de comunicação e expansão de marca na moda
Isso aconteceu porque, desde o deal, a Reserva cresceu com a extensão de marca como Reserva Mini, Reserva Go, Oficina Reserva, Simples e outras.
Na entrevista, Meisler conta os detalhes do negócio, os tipos de marcas que o grupo está de olho, a mudança da moda com o advento das redes sociais, a comunicação das marcas, os erros que cometeu, entre e outros assuntos.
Explorando novos horizontes: moda brasileira no mercado internacional
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Fonte: @ NEO FEED
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