Discussão sobre biomas, políticas públicas e emissões de gases na 3ª plenária do Plano Clima Participativo, em meio à emergência climática.
A população de cada um dos biomas brasileiros está comprometida em desenvolver uma estratégia governamental para diminuir as emissões de gases de efeito estufa e se ajustar às transformações do clima. Nesta sexta-feira (2), as comunidades da Caatinga se reunirão para a 3ª plenária do Plano Clima Participativo, em Teresina, no estado do Piauí.
É fundamental que haja uma ação conjunta para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e do aquecimento global. A conscientização sobre a importância de preservar o clima para as futuras gerações é essencial. Devemos agir agora para garantir um futuro sustentável e equilibrado para todos.
Encontros e Debates sobre a Emergência Climática
Os encontros com representantes dos governos, especialistas e empresários têm sido fundamentais para que a sociedade civil possa expressar suas demandas, apresentar propostas e esclarecer dúvidas relacionadas à emergência climática. Até o momento, duas plenárias já foram realizadas, sendo uma delas dedicada ao debate sobre o Cerrado, em Brasília, no último dia 30. Recentemente, foi a vez de Olinda, em Pernambuco, sediar os trabalhos voltados para o bioma costeiro-marinho.
Durante essas reuniões, diversos temas foram abordados, incluindo a importância da proteção dos biomas brasileiros, a regularização fundiária e a preservação dos territórios de povos e comunidades tradicionais. Maria Aparecida Santana, pescadora do município de Jaboatão dos Guararapes, ressaltou a vulnerabilidade dos pescadores artesanais diante dos desastres climáticos que afetam diretamente o bioma costeiro-marinho. Segundo ela, é essencial garantir a proteção desses territórios para preservar não apenas o meio ambiente, mas também a subsistência dessas comunidades.
No contexto do Cerrado, Aline Souza, representante do Movimento Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis, trouxe à tona questões como consumo consciente, economia circular e gestão adequada de resíduos sólidos. Ela alertou para o impacto do manejo inadequado desses resíduos, que contribui significativamente para a emissão de metano no Brasil.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, enfatizou a necessidade de engajamento de todos na busca por soluções que enfrentem os principais vetores das mudanças climáticas, como o desmatamento, o uso inadequado da terra e a dependência de combustíveis fósseis. Segundo ela, é fundamental reduzir as emissões de CO2 para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e preparar-se para os desafios futuros.
A construção dessa agenda climática é coordenada pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), que conta com a participação de representantes de diversos ministérios, da Rede Clima e do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima. O objetivo é que essa agenda oriente as políticas climáticas do país até 2035, com a colaboração de diferentes setores da sociedade.
Os debates foram estruturados em torno dos eixos de mitigação e adaptação, com a elaboração de planos setoriais que abrangem áreas como agricultura, pecuária, uso da terra, florestas, cidades, energia, indústria, resíduos, transportes, biodiversidade, igualdade racial, povos indígenas, recursos hídricos, saúde, segurança alimentar, oceano, zona costeira, turismo e agricultura familiar. A ministra ressaltou a importância desse esforço conjunto para garantir a sustentabilidade política e ambiental do país.
Fonte: @ Agencia Brasil
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