Saldo do Dia: A ação ordinária subiu com especulações positivas sobre pagamentos e melhoria de risco geopolítico. Investidores digerem fim do afrouxamento monetário.
O Ibovespa teve um início positivo nesta semana, apresentando um leve avanço. As incertezas em relação ao término do ciclo de redução da Selic não impediram que o mercado se mantivesse em uma trajetória ascendente, impulsionado principalmente pelas movimentações nas ações da Petrobras. O Ibovespa registrou um aumento de 0,36% nesta segunda-feira (22), alcançando a marca de 125.573 pontos. Mesmo com um saldo negativo de 1,98% ao longo de abril, o índice segue demonstrando resiliência.
O Ibovespa reafirma sua posição como o principal índice da bolsa, refletindo a dinâmica das negociações e o panorama econômico atual. A influência das ações da Petrobras continua evidenciando a tendência de alta do mercado, com potencial para novas oscilações favoráveis. Acompanhar de perto as movimentações do Ibovespa é essencial para entender o cenário financeiro e tomar decisões estratégicas com base nas tendências do mercado de ações.
Saldo está negativo no Ibovespa
Em 2024, o Ibovespa abriu a semana com uma variação de 6,42%, mantendo os investidores atentos às movimentações do principal índice da Bolsa de Valores. Entre as 86 ações listadas, destaca-se a valorização da ‘joia da Coroa’, que chama a atenção dos especialistas. Os papéis da Petrobras continuam ocupando a maior fatia na composição do Ibovespa, representando cerca de 13% do índice. Eles seguem reagindo às especulações sobre possíveis pagamentos de dividendos extraordinários, questão que tem sido discutida há mais de um mês.
No cenário atual, impulsionado pelos aumentos nos preços do petróleo e câmbio no primeiro trimestre, há expectativas de que parte dos lucros obtidos possa ser destinada aos acionistas. Especula-se que metade desses ganhos possa ser distribuída, beneficiando não apenas os investidores, mas também o governo controlador. Com a necessidade de aumentar receitas para equilibrar o déficit orçamentário, os pagamentos de dividendos se tornam ainda mais relevantes.
As ações ordinárias (ON) da Petrobras apresentaram um aumento de 2,43%, enquanto as preferenciais (PN) subiram 2,39%. O volume financeiro movimentado na carteira do Ibovespa foi de aproximadamente R$ 17 bilhões, mantendo-se em linha com a média diária dos últimos 12 meses, que é de R$ 18 bilhões.
O dólar registrou uma queda de 0,59%, sendo cotado a R$ 5,17. No acumulado do mês, a moeda americana teve uma alta de 3,06%. Em relação ao ano de 2024, a valorização foi de 6,52%. A incerteza em relação à taxa Selic, que será discutida na próxima reunião do Banco Central em maio, está gerando expectativas no mercado financeiro. A crescente percepção de risco geopolítico e fiscal tem impactado as projeções dos analistas.
Diante desse novo panorama, as perspectivas quanto à trajetória da taxa Selic variam. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem sugerido possíveis cenários, que vão desde uma redução de meio ponto percentual até uma estabilidade nos cortes dos juros. Os investidores e analistas já projetam uma possível estagnação da Selic em torno de 9,75% ao ano, contribuindo para uma revisão das expectativas em relação aos juros futuros.
Os contratos de juros para diferentes prazos refletem essas expectativas, com uma queda nas taxas de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 e uma estabilidade para janeiro de 2034. A influência do risco fiscal do governo se torna mais evidente em prazos mais longos, refletindo a sensibilidade do mercado a questões macroeconômicas e políticas.
À medida que novos indicadores econômicos forem divulgados e as medidas de inflação forem anunciadas, o Ibovespa estará suscetível a oscilações. Os investidores aguardam atentos aos desdobramentos na economia nacional e internacional, preparando-se para possíveis impactos nos mercados financeiros.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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