Voluntários da ONG Tangaroa Blue Foundation na Austrália enfrentam redes de pesca com abordagem inovadora. Projeto AMDI ReCon funciona para remover boias com GPS.
Voluntários da ONG Tangaroa Blue Foundation no Brasil estão desenvolvendo novas estratégias para combater a poluição marinha. Recentemente, eles começaram a reutilizar boias de pesca com GPS para localizar e remover redes de pesca abandonadas, contribuindo assim para a preservação dos oceanos. A iniciativa tem chamado a atenção de outras ONGs e instituições ambientais no país, que buscam formas inovadoras de proteger a vida marinha.
A preocupação com o impacto ambiental da pesca fantasma não é exclusiva do Brasil. Em todo o mundo, Organizações Não Governamentais têm se mobilizado para enfrentar esse problema global. A ONG Tangaroa Blue Foundation, com sede na Austrália, é um exemplo de como a sociedade civil pode se unir em prol da conservação dos oceanos. Seu trabalho inspira outras ONGs a se envolverem em ações de limpeza e conscientização, visando a redução dos danos causados pela atividade pesqueira irresponsável.
ONG Tangaroa Blue Foundation: Iniciativa Inovadora para Enfrentar Redes de Pesca Fantasmas
No entanto, a pesquisa também destacou uma grande falta de informações sobre a atividade pesqueira no Brasil, indicando que a situação da fauna marinha pode ser ainda mais séria. A pesca fantasma ocorre quando equipamentos de pesca, como redes de emalhar e de arrasto, varas, linhas, anzóis, espinhéis e armadilhas, são abandonados no oceano, causando danos graves aos animais. Esse problema não é exclusivo do Brasil, mas é uma questão global.
Em Portugal, por exemplo, pelo menos um golfinho morre diariamente em redes de pesca, conforme relatado por Catarina Eira, bióloga responsável pelo Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do país europeu, em 2020. Com números alarmantes do impacto na vida marinha em todo o mundo, surge uma iniciativa na Austrália para enfrentar essa ameaça.
A ONG Tangaroa Blue Foundation desenvolveu uma abordagem inovadora para lidar com as redes de pesca fantasmas, que podem aprisionar animais marinhos, causando ferimentos e morte por inanição. Os voluntários da ONG estão reutilizando boias de pesca com GPS para localizar e remover essas redes abandonadas.
A ONG coordena a Iniciativa Australiana de Detritos Marinhos (AMDI), que já removeu mais de 24 milhões de fragmentos de detritos marinhos da costa australiana desde 2004. Todos os dados são registrados no Banco de Dados AMDI. Em 2022, a instituição lançou o ‘Project ReCon’ após encontrar boias de pesca equipadas com GPS durante uma operação de limpeza.
Essas boias reativadas são lançadas ao mar para identificar e remover redes de pesca abandonadas. Empresas de tecnologia como a Satlink estão apoiando a ação, recondicionando e testando as boias para garantir seu funcionamento correto. A tecnologia permite criar cercas virtuais ao redor dos recifes, alertando sobre a presença de redes.
Apesar dos desafios logísticos, o projeto da ONG Tangaroa Blue Foundation continua a enfrentar as redes de pesca fantasmas, contribuindo para a preservação da vida marinha e a conscientização sobre a importância da proteção dos oceanos.
Fonte: @ Terra
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