A polícia alega que ela fez 59 saques e transferências usando o cartão e senha do avô. O dinheiro foi para sua conta e jogos online, segundo a polícia.
A Polícia Civil do Paraná deteve uma jovem de 22 anos acusada de desviar R$ 179 mil da conta bancária do próprio avô para investir no ‘Jogo do Tigrinho’ (Fortune Tiger). A detenção aconteceu na quinta-feira passada, 27, em Jussara, região noroeste do Estado, durante uma operação de combate ao jogo ilegal.
A suspeita de desvio de fortuna para o jogo ilegal chocou a população local, que ficou surpresa com a prisão da jovem. A investigação revelou detalhes surpreendentes sobre o esquema utilizado para desviar o dinheiro do idoso. A prática criminosa de usar a fortuna alheia em jogos de azar é um alerta para a importância do controle financeiro e da prevenção ao jogo compulsivo.
Jogo: a Fortuna e o Tigrinho
A polícia revela que a suspeita teria realizado 59 saques e transferências utilizando o cartão bancário e a senha da conta de seu avô no segundo semestre do ano passado. A maior parte do dinheiro foi creditada em sua conta bancária e destinada ao jogo de apostas on-line, conforme informações da polícia. A mulher nega veementemente as acusações, alegando desconhecimento sobre a origem do valor em sua conta bancária e seu uso no jogo. Até o momento, a defesa da jovem não foi contatada pelo Estadão. O delegado Carlos Gabriel ressalta que o sistema de câmeras de segurança da agência bancária flagrou a suspeita realizando as transferências, fundamentando assim a prisão preventiva.
Investigações sobre o Jogo e a Fortuna
O Fortune Tiger, popularmente conhecido como ‘Jogo do Tigrinho’, é um cassino virtual que promete ganhos fáceis e rápidos. Golpes visando explorar os apostadores têm se tornado cada vez mais frequentes. A 3.ª Delegacia do Deic, da Polícia Civil de São Paulo, está investigando possíveis atividades criminosas por trás dos jogos de cassino online. Mais de 500 boletins de ocorrência já foram registrados. Influenciadores digitais passaram a promover o game em suas redes sociais, exibindo supostos lucros fáceis para atrair seguidores.
Alerta sobre o Jogo e suas Consequências
Influenciadores digitais mirins, incluindo crianças de 6 e 7 anos de cinco Estados, estão sendo pagos para fazer propaganda de cassinos virtuais. O Instituto Alana denunciou o caso ao Ministério Público de São Paulo, apontando possíveis crimes contra o consumidor, a economia popular e a relação de consumo, além de lavagem de dinheiro e contravenção penal por promover jogos de azar nas redes sociais. O vício em apostas é reconhecido pela OMS como um transtorno, afetando cerca de 1% a 1,3% da população brasileira. Sinais de alerta incluem a necessidade crescente de apostar, mudanças de humor ao tentar parar de apostar e comportamentos de risco que impactam aspectos importantes da vida.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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