GOES-U vai melhorar alertas meteorológicos de raios, tempestades solares e atividade meteorológica com monitoramento preciso e rápido via satélite.
Em breve, os especialistas em meteorologia poderão contar com um novo recurso para monitorar de perto as condições climáticas: um satélite meteorológico. O GOES-U, ou missão do Satélite Ambiental Operacional Geoestacionário U, foi lançado pela Nasa e pela NOAA na terça-feira (25), permitindo um mapeamento em tempo real da atividade de raios na Terra e o acompanhamento das tempestades solares. O satélite decolou do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, a bordo do foguete SpaceX Falcon Heavy às 17h26 do horário local, prometendo avanços significativos na previsão do tempo.
O lançamento do satélite meteorológico GOES-U representa um marco importante na tecnologia espacial, oferecendo aos meteorologistas ferramentas avançadas para monitorar o clima. Com a capacidade de observar de perto a atividade de raios e as tempestades solares, esse satélite promete revolucionar a forma como entendemos e prevemos as condições atmosféricas. Com o GOES-U em órbita, a comunidade científica terá acesso a dados precisos e em tempo real, possibilitando uma análise mais detalhada e eficaz das mudanças climáticas em nosso planeta.
Rastreando a atividade solar
À medida que o Sol se aproxima do máximo solar – o pico de seu ciclo de 11 anos, esperado para acontecer neste ano – ele se torna mais ativo. Os pesquisadores têm observado fulgurações solares cada vez mais intensas e ejeções de massa coronal eruptivas da superfície do Sol. As ejeções de massa coronal são grandes nuvens de gás ionizado chamado plasma e campos magnéticos que se libertam da atmosfera externa do Sol. Quando essas erupções são direcionadas para a Terra, elas podem causar tempestades geomagnéticas, ou grandes perturbações no campo magnético da Terra. Com esses eventos, há sempre o risco de que comunicações, a rede elétrica, navegação e operações de rádio e satélite sejam afetadas. A tempestade solar mais intensa que já afetou a Terra em 20 anos ocorreu em 10 de maio, mas felizmente apenas trouxe auroras boreais para o céu de estados e países que nunca veem as luzes do norte em condições normais. A atividade solar aumentada causa auroras que dançam ao redor dos
Novo satélite meteorológico GOES-U
O lançamento foi transmitido ao vivo no site da Nasa. As condições meteorológicas na Flórida estavam 60% favoráveis no início da janela de lançamento. O GOES-U é o quarto e último satélite da série R dos Satélites Ambientais Operacionais Geoestacionários, ‘o sistema de observação de tempo e monitoramento ambiental mais sofisticado do Hemisfério Ocidental’, segundo a NOAA. ‘A série GOES-R de satélites tem sido um divisor de águas para nós’, disse Ken Graham, diretor do Serviço Nacional de Meteorologia da NOAA, durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (24). Desde o primeiro lançamento da série em 2016, a geração mais recente de GOES possibilitou novos e melhores serviços de previsão e alerta para ajudar a salvar vidas e proteger propriedades. Assim que o GOES-U alcançar uma órbita geoestacionária, ou seja, uma órbita circular acima do equador da Terra, o satélite será renomeado para GOES-19, ou GOES Leste. O satélite substituirá o GOES-16, o antigo satélite GOES Leste lançado em 2016, e trabalhará em conjunto com o GOES-18, também conhecido como GOES Oeste. Enquanto isso, o satélite GOES-16 essencialmente se tornará um ‘estepe’ para o sistema, em órbita caso um dos satélites falhe. Juntos, os satélites GOES-18 e GOES-19 coletarão dados atmosféricos, solares, climáticos e oceânicos e cobrirão mais da metade do globo, desde a costa oeste da África até a Nova Zelândia. O que distingue o GOES-U dos outros satélites é que ele está equipado com uma nova capacidade para monitorar o clima espacial. SpaceX Falcon Heavy é lançado da plataforma de lançamento 39-A do Centro Espacial Kennedy na terça-feira, 25 de junho de 2024, transportando o satélite GOES-U da NOAA / Richard Tribou/Orlando Sentinel/Tribune News Service via Getty Images
Monitorando tempestades solares com o satélite meteorológico
À medida que o Sol se aproxima do máximo solar – o pico de seu ciclo de 11 anos, esperado para acontecer neste ano – ele se torna mais ativo. Os pesquisadores têm observado fulgurações solares cada vez mais intensas e ejeções de massa coronal eruptivas da superfície do Sol. As ejeções de massa coronal são grandes nuvens de gás ionizado chamado plasma e campos magnéticos que se libertam da atmosfera externa do Sol. Quando essas erupções são direcionadas para a Terra, elas podem causar tempestades geomagnéticas, ou grandes perturbações no campo magnético da Terra. Com esses eventos, há sempre o risco de que comunicações, a rede elétrica, navegação e operações de rádio e satélite sejam afetadas. A tempestade solar mais intensa que já afetou a Terra em 20 anos ocorreu em 10 de maio, mas felizmente apenas trouxe auroras boreais para o céu de estados e países que nunca veem as luzes do norte em condições normais. A atividade solar aumentada causa auroras que dançam ao redor dos
Fonte: © CNN Brasil
Comentários sobre este artigo