Empresa suspende IA generativa no Brasil devido a ambiente regulatório imprevisível. Novo modelo multimodal não será lançado na UE.
A Meta, empresa proprietária do Instagram, do Facebook e do WhatsApp, anunciou hoje que irá postergar a introdução de seu mais recente modelo de inteligência artificial (IA) na União Europeia devido ao ambiente regulatório incerto, conforme reportado pela imprensa.
Essa decisão da Meta reflete a importância de considerar as diretrizes legais ao implementar novas tecnologias de IA. A empresa está comprometida em garantir a conformidade com as normas vigentes, demonstrando responsabilidade em suas ações relacionadas à inteligência artificial.
Meta suspende recursos de IA generativa no Brasil
A declaração foi divulgada um dia após a Meta anunciar a interrupção dos recursos de IA generativa no Brasil. A decisão no mercado brasileiro ocorreu em resposta à ordem da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para que a empresa parasse de coletar dados de usuários para treinar sua inteligência artificial. A Meta revelou que lançará em breve um novo modelo de IA multimodal chamado Llama, que estará disponível nos próximos meses, exceto na União Europeia, devido à imprevisibilidade do ambiente regulatório europeu.
A empresa afirmou que a nova versão do Llama, um modelo de IA inovador, é capaz de lidar com textos, imagens e áudios. Além disso, a ferramenta terá código aberto, permitindo que desenvolvedores externos à Meta baixem e modifiquem o software. A decisão de adiar o lançamento do Llama na União Europeia está relacionada especificamente ao modelo de IA multimodal.
Enquanto isso, no Brasil, a mudança está associada aos recursos que utilizam inteligência artificial generativa, como o criador de figurinhas do WhatsApp. De acordo com o jornal ‘The Guardian’, existem questionamentos sobre a conformidade do Llama com o GDPR, a legislação europeia semelhante à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira. O bloco europeu aprovou recentemente uma nova legislação sobre inteligência artificial, impondo novas obrigações às empresas a partir de agosto.
Em junho, a Meta já havia anunciado que parou de coletar dados de usuários para treinar sua IA, atendendo a uma determinação da Autoridade Irlandesa de Proteção de Dados (DPC). Enquanto isso, no Brasil, um grupo que utiliza inteligência artificial para criar imagens pornográficas falsas sob encomenda está sendo alvo de críticas. Elon Musk também fez manchetes ao ameaçar mudar suas empresas, X e SpaceX, da Califórnia em resposta a uma nova lei de proteção às pessoas trans.
Fonte: © G1 – Tecnologia
Comentários sobre este artigo