Os copresidentes do conselho Itaú avaliam que o banco cresce menos que fintechs, mas mais que concorrentes tradicionais, focando na eficiência e na experiência do cliente.
Diante do cenário econômico desafiador no Brasil nos últimos tempos, a questão do crescimento tornou-se central no Itaú Unibanco, dada a importância do banco no mercado nacional e a necessidade de se destacar frente à competição crescente das fintechs e bancos digitais em busca de ganho de market share.
Para acompanhar as demandas do mercado e garantir sua posição de destaque, o Itaú Unibanco está focado não apenas no crescimento, mas também na expansão de seus serviços e no desenvolvimento de soluções inovadoras para atender às necessidades dos clientes de forma eficiente e competitiva.
O desafio do crescimento e da transformação no setor bancário
Para encarar esse cenário de longo prazo, o banco reconhece a importância do processo de evolução contínua de sua base tecnológica e da revisão de sua visão estratégica. Nesse contexto, a experiência do cliente assume um papel central, priorizando-a em relação aos produtos oferecidos, o que cria as condições necessárias para não depender exclusivamente da macroeconomia.
Pedro Moreira Salles, copresidente do conselho de administração do Itaú, ressaltou a complexidade desse desafio de crescimento durante o Itaú Day. Ele enfatizou que um banco não pode se manter alheio ao ambiente econômico em que está inserido. Salles destacou que, apesar de ter crescido mais do que a concorrência tradicional, o banco ainda busca alcançar um crescimento mais robusto, especialmente em comparação com instituições que partiram de uma base inicial mais baixa.
Durante uma conversa com Roberto Setubal, com quem compartilha a presidência do board do Itaú, Salles ressaltou a importância de manter o foco na eficiência para aproveitar as oportunidades do mercado. Ele mencionou a necessidade de equilibrar as receitas e despesas, garantindo que a linha de receita cresça de forma sustentável.
Setubal, por sua vez, destacou as estratégias de crescimento do banco, especialmente aquelas relacionadas à tecnologia. Ele mencionou a criação do superapp para clientes pessoa física, que tem o potencial de atrair milhões de novos clientes nos próximos 12 meses. Essa expansão da base de clientes permitirá uma aceleração da receita, uma vez que o banco poderá oferecer uma variedade maior de produtos e serviços.
A implementação da inteligência artificial (IA) também foi um ponto de destaque na conversa entre os copresidentes do conselho. Salles mencionou os 250 projetos de IA em andamento no banco, muitos dos quais visam melhorar a eficiência operacional. No entanto, ele ressaltou que cada vez mais esses projetos estão sendo integrados à linha de receita, interagindo diretamente com os clientes e melhorando a experiência geral.
Salles alertou para o risco do excesso de complexidade e destacou que os investimentos em tecnologia podem tornar a empresa mais ágil e competitiva. Ele enfatizou a importância de simplificar e tornar mais transparente a relação com a vasta base de clientes do banco, o que aceleraria o processo de transformação e crescimento.
O CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, também abordou o tema do crescimento durante a sessão de perguntas e respostas do evento. Ele ressaltou a importância de manter um equilíbrio entre a inovação tecnológica e a agilidade operacional para garantir o crescimento sustentável da instituição.
Fonte: @ NEO FEED
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