Saldo do Dia: Contingenciamento de gastos e eleições nos EUA impulsionam índice. Destaques: siderurgia, bancos e empresas com queda de juros.
O mercado financeiro brasileiro reagiu positivamente à confirmação de contingenciamento de R$ 15 bilhões pelo Governo Ibovespa. Com essa medida, a expectativa é de que o resultado primário do governo central para 2024 seja um déficit de R$ 28,8 bilhões, equivalente a cerca de 0,25% do PIB, dentro do limite da banda tolerada pelo arcabouço fiscal.
- O Ibovespa registrou um avanço de 0,19%, alcançando os 127.860 pontos.
Essa valorização do Ibovespa demonstra a confiança dos investidores na economia brasileira e nas medidas adotadas pelo Governo. A bolsa de valores do Brasil segue em alta, mostrando resiliência diante dos desafios econômicos atuais. Os números positivos do Ibovespa refletem a expectativa de recuperação e crescimento do mercado financeiro nacional.
Ibovespa em destaque: Resultados e Previsões
O Ibovespa tem sido o centro das atenções ultimamente, acumulando ganhos de 3,2% em julho, apesar de uma queda de 4,7% no ano. O volume de negociações atingiu R$ 12,5 bilhões, superando a média de R$ 16,7 bilhões em 12 meses. Esses números refletem a volatilidade da bolsa brasileira e a incerteza no mercado.
A confirmação da meta fiscal traz alguma estabilidade, mas a situação ainda é delicada, com um déficit que não agrada totalmente aos investidores. A de contingenciamento de recursos levanta questões sobre a capacidade do governo em manter as contas públicas equilibradas. A redução de R$ 8,3 bilhões em despesas discricionárias mostra a necessidade de cortes para cumprir o resultado primário.
As projeções para o futuro também geram preocupação, com uma previsão de receitas em queda e despesas em alta. Apesar do alívio momentâneo com o resultado primário, o mercado permanece apreensivo com o quadro fiscal do Brasil. A educadora financeira Hemelin Mendonça destaca a importância de melhorar a situação fiscal para reduzir a aversão ao risco.
A mudança no cenário político dos Estados Unidos também impactou os mercados, com o presidente Joe Biden desistindo da reeleição. Isso trouxe incerteza sobre o futuro e influenciou a queda do dólar em relação a outras moedas, incluindo o real. O dólar negociado a R$ 5,57 reflete essa instabilidade, com uma variação de 0,61% na sessão e uma queda de 0,34% no mês.
A valorização do real frente ao dólar teve um efeito positivo nos juros brasileiros, com a expectativa de menor inflação e o cumprimento do arcabouço fiscal. A Taxa de Depósito Interfinanceiro para janeiro de 2025 caiu para 10,65%, enquanto para janeiro de 2033 foi de 12,15% para 11,96. Esses movimentos mostram a sensibilidade do mercado às expectativas econômicas e políticas, tanto no Brasil quanto no exterior.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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