A transação envolve aumento de capital da Mobly, que incorporará ações da Tok&Stok por fundos geridos pela SPX Capital, empresas de comércio eletrônico.
Meio & Mensagem 9 de agosto de 2024 – 18h50 Após um longo período de negociações, a Etna, empresa de varejo de móveis e decoração, e os acionistas da Oppa firmaram um acordo para fusão das operações, nesta sexta-feira, 9. (Crédito: Reprodução) A fusão entre as duas marcas promete revolucionar o mercado de móveis no Brasil.
A transação atribui um valor mínimo de R$ 200 milhões à empresa resultante da fusão, enquanto a Etna atualmente possui um valor de mercado de R$ 500 milhões. A união entre Etna e Oppa fortalecerá a presença das marcas no segmento de móveis e decoração no país.
Fusão entre Mobly e Tok&Stok: Novas Perspectivas no Comércio Eletrônico
Para incorporar a Tok&Stok, a renomada empresa de comércio eletrônico, a Mobly, que manterá sua presença na B3, terá que realizar a emissão de novas ações. Conforme comunicado relevante emitido pela Mobly na noite de quinta-feira, 8, a transação se concretizará por meio de um aumento de capital, no qual a Mobly unirá forças com a Tok&Stok, incorporando as ações detidas por fundos geridos pela SPX Capital, que representam 60,1% do capital da empresa.
Nesse contexto de fusão, a Mobly assumirá o papel de acionista controlador, enquanto os atuais controladores da Tok&Stok manterão uma participação de 12% na empresa de comércio eletrônico de móveis. Além disso, terão a possibilidade de adicionar mais 6% à Mobly entre o segundo e o terceiro ano após a fusão, por um preço de exercício de R$ 9,00.
Por meio de um comunicado oficial, a Mobly destacou que identificou potenciais sinergias significativas que poderão impulsionar a geração de caixa ao longo do tempo, podendo resultar em um acréscimo anual de R$ 80 milhões a R$ 135 milhões ao longo de cinco anos. Essa fusão surge quase dois anos após a Tok&Stok, fundada em 1978, enfrentar um período desafiador em sua história.
Devido à queda nas vendas de produtos para casa após a pandemia e ao aumento das taxas de juros, o endividamento da empresa cresceu consideravelmente, passando de R$ 8 milhões para R$ 361 milhões até 2021, com uma estimativa atual em torno de R$ 600 milhões.
Em uma tentativa de reverter esse cenário, em junho de 2023, a Tok&Stok fechou um acordo que envolveu um aporte de R$ 100 milhões do fundo norte-americano Carlyle e de seus sócios, o que possibilitou a renegociação dos R$ 350 milhões em dívidas bancárias. Um mês depois, a cofundadora Ghislaine Dubrule reassumiu a presidência da empresa, cargo que ocupara até 2017.
A expectativa é que a fusão entre Mobly e Tok&Stok seja concretizada no quarto trimestre deste ano, contudo, algumas condições ainda precisam ser atendidas, como a aprovação em assembleia da Mobly e a aprovação do plano de reestruturação extrajudicial da dívida da Tok&Stok, que foi protocolado no TJ-SP no início desta sexta-feira, 9.
Fonte: @ Meio&Mensagem
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