Executivos discutiram em teleconferência a dívida da distribuidora de energia, impacto no balanço, troca do concessionário, Justiça e viabilidade das concessões.
No primeiro balanço de ‘ano cheio’, após a privatização em junho de 2022, os gestores da Eletrobras abordaram a questão das dívidas em detalhes durante a teleconferência com analistas. Foi ressaltada a importância de solucionar a dívida da Amazonas Energia, distribuidora que ainda mantém pendências no valor de R$ 10 bilhões com a Eletrobras, conforme apurado em reportagem exclusiva pelo NeoFeed.
Além disso, a equipe de executivos também discutiu estratégias para lidar com outras questões relacionadas ao débito da Amazonas Energia, considerando o impacto significativo desse passivo no cenário financeiro da Eletrobras. A transparência e o comprometimento em resolver essa situação foram destacados como prioridades da companhia para os próximos meses, visando fortalecer a saúde financeira e a sustentabilidade do negócio.
O desafio da dívida com a Amazonas Energia
Rodrigo Limp, vice-presidente de regulação e relações institucionais na Eletrobras, falou sobre a pendência com a Amazonas Energia, distribuidora com débito em aberto com o Grupo Eletrobras. A dívida da Amazonas com a Eletronorte chega a R$ 3,6 bilhões.
Em busca de soluções estruturais, Limp mencionou a teleconferência com analistas como um espaço para discutir um relatório de alternativas para a troca do concessionário, visando resolver essa pendência financeira que tem afetado a empresa.
A atuação na Justiça tem sido uma das estratégias para lidar com esse passivo financeiro, em uma tentativa de garantir o fluxo de créditos para a Eletrobras e evitar ainda mais a disputa pela sustentabilidade da concessão.
Lucro em meio às dificuldades
Apesar das dificuldades com a dívida da Amazonas, a Eletrobras conseguiu registrar um crescimento expressivo em seu lucro no último trimestre, saindo de um prejuízo significativo para um lucro líquido de R$ 893 milhões. No balanço de ano cheio, o lucro líquido aumentou 21% em comparação com o ano anterior, totalizando R$ 4,4 bilhões.
O Ebitda apresentou variações ao longo do ano, com queda de 26% no quarto trimestre, mas um aumento de 49% no total anual. A proposta de distribuição de dividendos também reflete a confiança da empresa em sua capacidade de recuperação financeira.
Novos rumos e desafios para a Eletrobras
A mudança na governança e nos processos operacionais da Eletrobras tem sido fundamental para a redução de custos e a geração de receitas de transmissão, focando cada vez mais na sustentabilidade e na eficiência. A empresa busca viabilizar sua operação em meio às mudanças regulatórias e ao aumento dos preços de energia no mercado.
A possibilidade de expansão no Mercado Livre de Energia abre novas oportunidades para a Eletrobras, que pretende ampliar seu alcance e buscar novos clientes. Com a projeção de aumento dos valores de transmissão, a empresa vislumbra um cenário favorável para os próximos trimestres, impulsionando sua ação e sua posição no mercado.
A ação da Eletrobras valorizou-se ao longo do ano, refletindo a confiança dos investidores em sua capacidade de superar desafios e crescer de forma sustentável.
Fonte: @ NEO FEED
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