A cirurgia bariátrica pode levar a complicações raras e graves, como desnutrição e hipoglicemia. É importante seguir diretrizes atuais e ter uma equipe qualificada para oferecer opções de tratamento adequadas.
A realização da cirurgia bariátrica pode trazer inúmeros benefícios para pacientes obesos, auxiliando na perda de peso de forma eficaz e duradoura. Além disso, o procedimento também contribui para a melhoria de condições de saúde associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão. É importante ressaltar que a cirurgia bariátrica deve ser realizada por uma equipe multidisciplinar especializada, garantindo a segurança e o sucesso do tratamento.
O procedimento metabólico, também conhecido como cirurgia de redução de estômago, é uma das técnicas mais utilizadas na cirurgia bariátrica. Esse tipo de cirurgia atua modificando o sistema digestivo do paciente, promovendo uma diminuição na quantidade de alimentos ingeridos e na absorção de nutrientes. Dessa forma, o procedimento contribui significativamente para a perda de peso e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes obesos. É fundamental seguir todas as orientações médicas no pós-operatório para obter os melhores resultados possíveis.
.
Cirurgia bariátrica: Complicações Raras e Graves
No entanto, em raras situações, a cirurgia bariátrica pode causar complicações graves, sendo necessária a reversão da cirurgia de redução de estômago.De acordo com Fábio de Oliveira Rodrigues, especialista em cirurgia bariátrica e titular da SBCBM, entre as complicações raras e graves que a cirurgia bariátrica estão a desnutrição e a hipoglicemia severa (baixo nível de glicose no sangue).
Leia Mais Combate à obesidade vai além da luta para mudar estilo de vida, dizem cientistas Cirurgia bariátrica traz benefícios para pessoas com diabetes, diz estudo Cirurgia bariátrica pode melhorar funções cognitivas, sugere estudo É nesses casos que a reversão da cirurgia bariátrica passa a ser indicada.
‘Em congressos recentes, temos vistos alguns pacientes que estão pedindo para reverter a cirurgia bariátrica e a grande discussão é essa: quando essa reversão passa a ser necessária. No caso, pode ser indicada em quadros mais graves de desnutrição e de hipoglicemia’, afirma Rodrigues.A reversão da cirurgia bariátrica é feita a partir do reestabelecimento do trânsito intestinal do paciente.
‘Na cirurgia bariátrica, o alimento não passa mais no duodeno [tubo oco que se liga ao estômago e o jejuno e onde ocorre a maior parte do processo digestivo]. Na reversão, vamos fazer o alimento voltar a passar no duodeno’, explica Rodrigues.Como funciona a cirurgia bariátrica e quando ela pode trazer riscos à saúde?A cirurgia bariátrica é um dos tratamentos de obesidade grave.
Ela também é conhecida como ‘redução do estômago’ porque reduz a capacidade do órgão de receber os alimentos, dificultando a absorção de um número alto de calorias.
Ela é indicada para pacientes com obesidade de grau I a grau III, de acordo com as seguintes diretrizes da SBCBM:IMC de 30 a 34,9 (Obesidade Grau I): Para ser elegível à cirurgia metabólica, o paciente obrigatoriamente precisa ser ter diabetes tipo 2.
Nesse caso, o procedimento é chamado de cirurgia metabólica, com o foco no tratamento do diabetes;IMC de 35 a 39,9 (Obesidade Grau II): O paciente precisa ter pelo menos uma comorbidade associada à obesidade, tais como hipertensão, diabetes, esteatose hepática (gordura no fígado), dislipidemia, apneia do sono, entre outras;IMC maior que 40 (Obesidade Grau III): Nesses casos, não é necessária a comprovação de comorbidades.
A própria obesidade, independente de doenças associadas, já é indicação para a cirurgia.Atualmente, existem quatro técnicas principais para a cirurgia bariátrica, que são:Bypass Gástrico: Criação de uma pequena bolsa estomacal ligada ao intestino delgado, reduzindo a ingestão e absorção de alimentos;Sleeve Gástrico: Remoção de cerca de 75% do estômago, limitando a quantidade de comida que pode ser ingerida;Banda Gástrica Ajustável: Colocação de uma banda ao redor da parte superior do estômago para restringir a ingestão alimentar, mas tem perdido popularidade devido à menor eficácia a longo prazo;Duodenal Switch: Remoção de grande parte do estômago com alterações no intestino para reduzir a absorção de nutrientes, sendo reservado para casos específicos devido à sua complexidade.’É importante destacar que, além do IMC e das comorbidades, a SBCBM enfatiza a necessidade de uma avaliação multidisciplinar rigorosa antes da cirurgia.
Essa avaliação inclui exames físicos, psicológicos e nutricionais para garantir que o paciente esteja apto para o procedimento e para o acompanhamento pós-operatório, que é fundamental para o sucesso do tratamento’, explica o especialista.Quando a avaliação pré-operatória é bem conduzida e acompanhada de uma equipe qualificada, é possível identificar os perfis de pacientes com riscos de desenvolver complicações graves a partir da cirurgia bariátrica e fazer os ajustes necessários antes da cirurgia ou, em casos específicos, contraindicar o procedimento, segundo Rodrigues.De acordo com as estatísticas da SBCBM, a taxa de complicações graves após a cirurgia bariátrica é relativamente baixa, variando de 0,1% a 0,5% para morte e de 4% a 6% para complicações severas.
‘A preparação adequada do paciente e a escolha de um centro especializado e equipe qualificada são fundamentais para minimizar riscos e promover um desfecho cirúrgico bem-sucedido’, completa.Além disso, a cirurgia bariátrica pode causar complicações imediatas, relacionadas ao procedimento cirúrgico e que, geralmente, ocorrem nos primeiros 15 dias após a cirurgia, conforme explica o especialista.
Cirurgia bariátrica: Opções de Tratamento e Complicações
‘As principais complicações imediatas incluem sangramento e fístulas, que muitas vezes exigem reinternações clínicas ou mesmo um novo procedimento cirúrgico para controle dos danos.’ Tópicos bariátrica Cirurgia Desnutrição Obesidade Compartilhe:
Fonte: © CNN Brasil
Comentários sobre este artigo