Indigenistas relatam conflitos em territórios rurais reivindicados, fronteiras e regiões de estados.
Os ataques entre produtores rurais e grupos indígenas persistem no Mato Grosso do Sul e Paraná, gerando preocupação nas comunidades locais.
Além dos incidentes já relatados, as hostilidades têm aumentado, exigindo uma ação urgente das autoridades para conter a violência e promover o diálogo entre as partes envolvidas.
Ataques e Conflitos em Territórios Indígenas
De acordo com informações recentes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os ataques a indígenas guarani kaiowá em retomadas de áreas no Mato Grosso do Sul têm se intensificado, com risco iminente de despejo ilegal e incêndios criminosos. O tekoha Tata Rendy, dos ava guarani, no oeste do Paraná, também foi alvo de hostilidades.
No Rio Grande do Sul, os incidentes contra indígenas têm se multiplicado. No Mato Grosso do Sul, as retomadas na região de Douradina continuam sob cerco, com capangas armados ameaçando a segurança dos guarani kaiowá. A presença de homens armados em caminhonetes tem gerado tensão nas áreas reivindicadas.
Em Caarapó (MS), drones sobrevoam áreas retomadas na Terra Indígena Dourados Amambai Peguá I, enquanto caminhonetes cercam o local. O tekoha Tata Rendy, no oeste do Paraná, também enfrenta cercos e incêndios, evidenciando a vulnerabilidade dos ava guarani diante dos conflitos em suas terras.
Além dos ataques mencionados, o Cimi registrou hostilidades contra o povo kaingang da Retomada Fág Nor, em Pontão, próximo a Passo Fundo (RS). Os indígenas têm sido alvo de ataques frequentes, com homens encapuzados disparando contra eles e incendiando suas moradias.
Os conflitos se arrastam há uma semana, com a intervenção do governo federal sendo necessária. Ministérios dos Povos Indígenas e dos Direitos Humanos têm buscado mediar os conflitos fundiários que resultaram nos ataques contra os indígenas em áreas rurais reivindicadas como territórios tradicionais.
A Força Nacional tem sido acionada para garantir a ordem e a integridade nas aldeias indígenas do Cone Sul do Mato Grosso do Sul e nas regiões fronteiriças do estado. Apesar das tentativas de negociação, a presença efetiva do Estado para solucionar os conflitos ainda é limitada, conforme apontado pelo Cimi.
Os incêndios criminosos e os ataques persistentes contra os ava guarani, guarani kaiowá e kaingang destacam a urgência de medidas eficazes para proteger os territórios indígenas e garantir a segurança e os direitos dessas comunidades vulneráveis.
Fonte: @ Agencia Brasil
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