Mulheres acima de 65 anos são as mais afetadas pela obesidade devido à pirâmide etária e ao envelhecimento populacional, predisposição genética e aspectos ambientais.
De acordo com um estudo recente, o índice de fatalidade associado ao câncer de mama cresceu significativamente nas últimas duas décadas no país. Os dados revelam um aumento de 86,2% nesse período, segundo informações da Umane, entidade comprometida com a promoção de ações de saúde coletiva.
A prevenção do neoplasia mamária é fundamental para reduzir a incidência dessa malignidade mamária. A conscientização sobre os fatores de risco, como histórico familiar e idade avançada, pode ser determinante para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. Portanto, é essencial que as mulheres realizem exames de rotina e adotem hábitos saudáveis para proteger a saúde da mama.
Os números alarmantes do Câncer de mama
De acordo com os dados obtidos do Sistema de Informações da Mortalidade (SIM/SUS), a incidência do câncer de mama subiu de 9,4 para 17,5 por 100 mil habitantes entre os anos 2000 e 2022. Esse aumento na taxa de mortalidade relacionada à neoplasia mamária foi observado em todas as faixas etárias acima dos 35 anos, destacando-se as mulheres com mais de 65 anos, que representaram 179% dos casos registrados.
Impacto do envelhecimento populacional no aumento do Câncer de mama
Uma das principais mudanças na pirâmide etária do Brasil nos últimos anos é o envelhecimento populacional acelerado. Segundo o Censo de 2022 do IBGE, a proporção de pessoas com 65 anos ou mais no país aumentou para 10,9%, um crescimento de 57,4% em relação a 2010. Esse fenômeno tem contribuído para tornar as células mais suscetíveis a mutações, favorecendo o desenvolvimento de tumores, incluindo a malignidade mamária.
Obesidade e sua relação com o Câncer de mama
Outro fator relevante é o aumento da incidência de obesidade, que atinge cerca de 1 bilhão de pessoas globalmente, de acordo com a OMS. A obesidade é considerada um dos principais aspectos ambientais de risco para o surgimento de tumores, incluindo o de mama. O tecido adiposo produz substâncias inflamatórias que estimulam a multiplicação de células, inclusive as cancerígenas, contribuindo para o desenvolvimento da neoplasia mamária.
A influência da genética e do ambiente no Câncer de mama
O vice-presidente da SBC, Luis Eduardo Werneck, destaca que fatores genéticos e ambientais desempenham um papel crucial na predisposição ao câncer. O organismo possui mecanismos de proteção contra células cancerígenas, porém, esses mecanismos podem falhar devido à predisposição genética ou influência de aspectos ambientais, como má alimentação, sedentarismo e tabagismo, aumentando a vulnerabilidade ao desenvolvimento da malignidade mamária.
Diagnóstico precoce: chave para o tratamento do Câncer de mama
Maira Caleffi, presidente da Femama, ressalta a importância do diagnóstico precoce no tratamento do câncer de mama. A detecção precoce da neoplasia mamária é fundamental para a cura da doença. A recomendação de iniciar a mamografia aos 40 anos, mesmo que haja divergências entre instituições de saúde, é essencial para identificar precocemente casos de tumores de mama. O rastreamento adequado pode ser crucial para evitar desfechos negativos relacionados à malignidade mamária.
Desafios sociais no combate ao Câncer de mama
Um dos desafios apontados pelos especialistas é a relação entre os determinantes sociais e a mortalidade por câncer de mama. Mulheres com menor nível de escolaridade enfrentam uma maior taxa de mortalidade pela neoplasia mamária, indicando a necessidade de equidade no acesso aos serviços de saúde e tratamentos. A disparidade entre os serviços oferecidos pelo SUS e pela rede privada também é um ponto de atenção, evidenciando a importância de garantir um tratamento adequado para todos os pacientes.
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Fonte: @ Estadão
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